Quanto mais simples, melhor

Há uns 15 anos, quando eu era uma curiosa ávida por Food & Wine, numa das  revistas de gastronomia daquela época  vi uma receita do dançarino e coreógrafo Ivaldo Bertazzo. Era uma receita familiar com pasta fusilli que passava de pai para filho. Tinha ingredientes crus: cebola roxa, tomate, folhas de manjericão, regados ao azeite, vinagre e um tipo de queijo em cubos. Cheguei até a preparar algumas vezes. Ele recomendava vinho tinto para acompanhar, e obedeci.

Há uns dois anos fiz um workshop no espaço dele, e antes que imaginem coisas, esclareço que sou nulidade em dança e a atividade não tinha pré-requisito. Comentei sobre a receita publicada durante intervalo para café (ele, sentado ao lado de uma estrela global), e ele confirmou.

Mas hoje, meu estômago enjoado pedia algo simples, o mais simples possível, sem cebola roxa, sem vinagre no tempero, sem vinho tinto. Cozinhei fusilli integral na água sem sal com folhas de louro e manjericão, enquanto preparava metades de tomate cereja e palitos de queijo minas numa tigela e cortava folhas largas de manjericão em tiras com uma tesoura. Pesquei os parafusinhos cozidos ao ponto acrescentando à tigela preparada, acrescentei apenas sal e azeite. No prato, espalhei queijo parmesão ralado por cima e reguei mais azeite.

Iniciei comendo com garfo, mas terminei com colher de sopa, muito mais prático. Bebericando um Espumante Brut. Cheers!

Foto e texto: Ikuyo Kiyuna

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